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Começamos a nossa conversa com
essa pergunta e, não se iludam pensando que ela é simples, porque muitos terão
dificuldades em respondê-la.
Podemos ter respostas prontas do
tipo: a minha razão de viver é a minha família, meus filhos, meus pais, minha realização
pessoal... somente porque sabemos que seriam as respostas mais “certas” para
darmos. Mas, elas estampam a nossa realidade?
Como agimos todos os dias? Como demonstramos
a relevância destas pessoas no nosso dia a dia? Será que é somente quando elas partem
que analisaremos o nosso comportamento em relação a elas?
Para as primeiras questões, deixo
as respostas para a sua análise pessoal, mas para essa última pergunta a
resposta é: na maioria das vezes, sim, infelizmente. É somente quando alguém
que muito amamos se vai que paramos para sentir a sua falta, a sua relevância
em nossa vida e sofremos por não termos dado um pouco mais do nosso tempo para
ela em nosso cotidiano.
Em que pensamos quando acordamos?
É na família, no trabalho ou na ascensão social que queremos alcançar? Tudo junto?
Falamos de nossas famílias,
amigos, companheiros de jornada, que nos acompanham, nos amam e nos encorajam a
seguir com a vida, principalmente quando ela não está fácil. Falamos de
trabalho e ascensão social... mas, será que não falta alguém ou alguma coisa
nesta relação?
Existe alguém para quem muito
lutamos, mas pouco analisamos a sua relevância; que, normalmente, é esquecido,
é desvalorizado, e jamais é poupado de nossos desequilíbrios. Ele é quem mais
serve de alvo de nosso julgamento e críticas, de nossa intolerância e
descrédito frente às suas dificuldades. Esta pessoa que tanto necessita de
nossa atenção e consolo, de nossa tolerância e caridade, de nossa valorização e
tempo para ampará-la, amá-la e compreendê-la, deveria ser aquela que jamais daríamos
às costas porque sem ela nada poderíamos ser, fazer ou aprender.
Essa pessoa é VOCÊ.
Vai parecer clichê, mas quantos
de nós se valoriza? Quantos procuram conhecer a si mesmos? Quantos param para, verdadeiramente,
descobrir o que os incomoda, o que precisa ser mudado, o que necessita para um
crescer com menos dor? Quantos de nós se dão paz?
Hoje, graças a Deus, muitos são
os que estão se voltando para compreender o seu papel nesta grande Escola da
Vida. Estão se buscando, porque algo está faltando e este algo é a ligação mais
profunda do seu Eu, da sua Chama Divinal, com o seu Ser consciente.
Outros, porém, ainda não
acordaram para isso. Enquanto estes continuarem depositando a sua razão de
viver em algo ou alguém que não seja o seu Eu mais profundo, tudo ficará sem
sentido, não se sentirão aptos para a sua caminhada evolutiva, não acreditarão
em sua capacidade de enfrentar os desafios da vida, sofrendo profundamente diante
das adversidades porque não se fizeram aliados de si mesmos. Sozinhos sucumbirão
ante as dificuldades que lhes fazem ascender.
Lembrei do pontinho preto no
imenso lençol branco. No que vocês fixariam a sua atenção? Se a sua resposta é
para o pontinho preto que o está incomodando, você acabou de descortinar uma sábia
manobra da vida para o seu crescimento íntimo: tudo o que o incomoda o leva a
prestar mais atenção nele, o faz querer consertá-lo ou modificá-lo para que
fique bem alinhado aos ditames do que você acha ser o certo. Então, concluímos
que não são ruins os pontos pretos em nossos lençóis, porém, como escolhemos enfrentá-los
ou como exacerbamos os nossos incômodos é que fará a diferente!
Por ainda não compreendermos o
quanto ele (ponto preto) pode nos fazer progredir, fixamo-nos neste, reclamando
do lençol ter sido maculado, e esquecemos que a sua função de cobrir não está
perdida e que o ponto preto pode ser lavado.
Reclamamos tanto daquilo que nos
incomoda que deixamos de valorizar o que temos de positivo e deixamos de agir
com todo o nosso potencial para enfrentarmos as adversidades. Como reflexo desta
nossa postura, não nos valorizamos, não nos perdoamos, não aceitamos as nossas
limitações, criando um vazio existencial.
Por exemplo, eu não consigo fazer
algo que outras pessoas fazem bem. Em razão disso, me condeno pela minha
incapacidade. Estaciono no meio do caminho ante o meu cruel julgamento. Mas, se
voltamos para nós os olhos da tolerância e amor, perceberíamos que isso
nós ainda
não conseguimos fazer, mas outras tantas coisas já fazemos com muita
competência. E o exemplo do peixe que não sabe subir em árvores, mas, poucos são os que nadam melhor do que ele. Isso é nos conhecermos.
Vocês podem estar pensando que
eu os quero egoístas e pensando somente em si. Claro que não é isso! O que
estou dizendo é que, para nos doarmos por inteiro, para estarmos bem com quem
amamos e com o mundo, temos que agir da mesma forma conosco.
Para tanto, precisamos saber quem
somos nas boas ou más tendências. Isso não é egoísmo, isso é autoamor. Quando nos amamos com consciência, conseguimos amar muito mais profundamente
o outro que está ao nosso lado.
Infelizmente, ao não nos amarmos
com sabedoria, nos fixamos muito mais nas nossas más tendências e nos
convencemos de que não somos capazes de valorizar quem somos e, por consequência, quem
está ao nosso redor.
Conhecer a si mesmo vai além do
saber do que somos capazes, é também olharmos para nós sem uma visão deturpada
de nós mesmos. Precisamos nos esforçar para nos parabenizar pela caminhada árdua
que trilhamos até onde estamos.
A nossa razão de viver deve ser pautada, primordialmente, na vontade de nos “bem compreender”, porque fazendo isso nos “bem capacitamos” na
compreensão do próximo e, nesta vibração enobrecedora, tudo se tornará um “bom reflexo”
do Ser divino que há em nós.
A minha razão de viver sou eu mesmo! Pq meu objetivo é voltar ao plano espiritual melhor doque cheguei!
ResponderExcluirOlá Janaína! Essa é uma meta fabulosa! Só lembre que você será sempre vencedora, porque o seu esforço será recompensado pelos aprendizados adquiridos. Abraços Fraternos.
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