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Quantas vezes voltamos o nosso
olhar para trás para agradecer pelas nossas conquistas?
Quantas vezes olhamos para o
nosso presente e nos parabenizamos por tudo o que já passamos e ultrapassamos
nesta vida?
Por vezes, somos cruéis. Fixamo-nos
naquilo que não conseguimos alcançar e não enxergamos todo o caminho trilhado
para chegarmos aonde estamos, para obtermos toda a experiência que nos fez ser quem
somos hoje.
Por que essa postura tão dura conosco?
Jesus disse certa vez:
“Onde estão aqueles
teus acusadores?” (João 8:10).
Após a resposta da adúltera de
que todos tinham ido, ele completou:
“Nem eu também
te condeno; vai-te, e não peques mais.” (João 8:11).
Jesus não estava somente se referindo
a todos aqueles que antes a estavam criticando, julgando e condenando, quando afirmou
“quem não tem pecado que atire a primeira pedra”. Ele também incluía entre os
acusadores alguém muito mais importante que aqueles antes mencionados... Ele se
referia à nossa própria consciência.
Se a mulher, que diziam ser adúltera,
não se perdoasse pelo seu erro, acabaria se condenando, não se sentindo capaz
de se libertar de seus enganos pela culpa que carregaria.
Até que percebesse o seu “pecado”,
até que percebesse que não é perfeita e que pode demorar um pouco para adquirir
a compreensão para não mais se equivocar, a prisão dessa mulher adúltera (e de todos
nós) seria sem grades, mas muito eficaz.
Quando nos incomodamos com as nossas
ações, estamos no princípio de uma caminhada mais consciente e tudo fazemos
para aplicar as mudanças que nos levarão a não ficarmos mais atormentados. Não
posso afirmar que faremos tudo certo desde o começo, mas se tentamos fazer aquilo
que achamos certo desde o princípio, compreenderemos que, não nos parabenizar
pelo esforço aplicado, é desumano e cruel.
Pensem comigo: em qual fase
empreendemos mais esforço? No percurso da maratona ou na linha de chegada? Se
não valorizarmos todo o percurso da corrida, todas as dores sentidas, mas
superadas, não compreenderemos o verdadeiro valor da chegada. Infelizmente, é o
que fazemos, na maioria das vezes, no nosso caminhar.
Li a seguinte frase de um autor
desconhecido:
“Eu me lembro
dos dias em que orei por coisas que tenho hoje.”
Esse pensamento me fez pensar
muito.
Como esquecer que fiz tanto
esforço, deixei de realizar tantos outros desejos para chegar aonde cheguei? E,
qual é a minha reação diante da vitória?
Estamos tão empenhados em
angariar conquistas que não percebemos que não estamos vivenciando nenhuma
delas. É como se ganhássemos uma corrida e nem parássemos para pegar a medalha.
Já partiríamos para outra corrida e sem o descanso devido.
Chega um momento em que nosso
corpo se esgota e não conseguimos mais correr. Nossa mente embaralha, nossas
emoções e sentimentos se exacerbam e, sem considerar nossos exageros que
provocaram esse colapso, colocamos a culpa em um outro alguém por não darmos
mais conta das corridas programadas.
Pergunto, então, sobre quem
jogamos a nossa responsabilidade? Cada pessoa é uma pessoa, mas posso afirmar
que o nosso principal alvo é Deus. É Ele quem não nos ama o suficiente para nos
dar aquilo que muito desejamos! É Ele que nos pune ao Seu bel-prazer e sem motivos!
Esquecemos que se nem nós, pais imperfeitos,
damos tudo para os nossos filhos, imagina Deus que tudo sabe. Se você vir que a
postura adotada por seu filho com o seu carro é um pulo para o desastre, você
iria apoiá-lo? Possivelmente, retiraria dele o carro que emprestou e diria para
que ele tomasse cuidado e consciência de seus erros no trânsito. Assim é Deus,
só devolverá o carro quando perceber que você entendeu o recado dado.
Nossas conquistas não são somente
a vitória merecedora de medalha, mas sim todo o esforço, tempo e dedicação que
empreendemos para chegarmos lá. Aí, perceberemos que a medalha já é merecida
pelo primeiro passo que dermos rumo à linha de chegada. E Deus? Ele nos dará todas
as oportunidades e tempo que forem necessários para a concretização de nossa
meta.
Por tudo isso, necessitamos valorizar
cada etapa já ultrapassada porque muito oramos para ali chegar, mas se já é momento
para dali partirmos, que jamais esqueçamos que não chegaríamos a lugar nenhum
sem o primeiro passo desta grande caminhada.
Boa reflexão. É um aprendizado para a vida toda valorizarmos o caminho e seus aprendizados, não o objetivo. Quando fiz Cuzco - Machu Picchu em 2013, 5 dias de trilhas árdua, apesar de todo o esforço empreendido, todos os sacrifícios que passei, pude entender o que é valorizar o caminho, suas belezas e paisagens, o esforço que eu empreendia a cada passo, do que chegar ao objetivo que era um acampamento muitas vezes sem graça onde eu só parava para dormir. A vida é assim o tempo todo. Abraços.
ResponderExcluirMuito bom o exemplo que você nos colocou, Henderson! Fica para a prática o entendimento das lições.
ResponderExcluirLuz e Paz.
Nossa! Esta reflexão é justamente o que estou vivenciando. Me ajudou muito.
ResponderExcluirOi Jaqueline!
ExcluirQue bom que ajudou. Reflita com cuidado e sem muitas cobranças, tá bom? ;)
Abraços fraternos.