📢Ouça também este artigo na voz da autora.
Toque duas vezes no play.
Hoje, eu
acordei pensando que era necessário eu voltar um pouco no tempo. Voltar,
não para sofrer, mas para me regenerar. Voltar para eu conseguir perceber o
quanto cresci e, também, para aprender agora, no presente, algumas importantes pontas
soltas que ficaram pelo caminho.
Se, naquele
momento, em que as deixei sem solução não tinha capacidade para resolvê-las,
talvez hoje possa enxergá-las com maior clareza e solucioná-las mais
rapidamente.
Assim, fiquei
pensando um pouco sobre a minha vida. As circunstâncias que passei, boas ou não
tão boas; as situações em que me vi incapaz de enfrentá-las e as que as resolvi
sem qualquer dificuldade.
Percebi que
tudo o que vivenciei, mesmo aquelas situações que parecem que eu nada fiz para
que acontecessem, aconteceram como a água do rio que corre pelas suas margens,
fluindo!! Mesmo aquelas que vieram como uma torrente desembestada que levou toda a paz e alegria do meu coração naquele momento... fluíram!!
Não sei se dá
para vocês entenderem o que quero dizer, mas fluíram porque seguiram com o
tempo. Hoje, eu ainda estou aqui, cheia de cicatrizes sim, mas com a certeza de
que, sem elas, não seria um terço do que sou hoje. Elas me ajudaram a querer
buscar o meu aprimoramento moral e ético; a buscar ser melhor a cada dia porque
é esse estado de espírito que eu quero para mim.
Entendam que
não há necessidade de construirmos essas cicatrizes em nós para sermos
melhores, mas, se não conseguimos evitá-las, que as enxerguemos como um
instrumento de muito valor para o nosso crescer. Assim, perceberemos que tudo
flui... com o tempo, flui, e nós já não somos mais aqueles que éramos antes!
Volto no
tempo para perceber que, todas as circunstâncias que vivenciei, boas ou não,
tiveram em mim um gatilho para tê-las vivido e por isso são de minha
responsabilidade, mas que foram tão essenciais que não consigo enxergar uma
outra vida melhor para a lapidação do meu ser.
Neste meu
regresso, flagrei situações em que pensei ter sido poupada de dores incômodas
ou atrozes. Fiquei feliz e pensei que foi “merecimento” meu! Então, seguindo
com o meu passeio, me surpreendi porque elas vieram, à frente, porém, mais bem
adaptadas ao meu ser imperfeito, à minha capacidade de enfrentá-las e
superá-las. Por incrível que pareça, agradeci, pois, no final, eu fui poupada
sim, em ambos os momentos!
Todos nós
viveremos momentos de dores profundas em nossas vidas, dores morais e
materiais, dores da alma e do físico, e todas elas estarão pautadas em nós,
como um reflexo de nossas escolhas, em como conseguiremos enfrentá-las e
superá-las (ou não). Após este regresso, é mais palpável aos meus olhos que não
estamos largados sozinhos nas tempestades da vida, e que, sabendo disso,
teremos paz para nos fortalecermos e aguardarmos o tempo certo em que tudo se
resolverá, porque seremos portadores das ferramentas certas e necessárias para
o enfrentamento de nossas mazelas.
Não se
iludam! Esse processo não é fácil e, diria até necessário, porque se não
fizermos isso por nos sentirmos incapazes de enfrentar as nossas dificuldades
do pretérito, a vida nos trará, no presente, experiências novas e adaptadas para
a nossa lapidação.
É verdade,
também, que não pude enfrentar tudo no dia de hoje! Mas, consegui prender
algumas pontas soltas que enxerguei e isso já merece um orgulhoso “Parabéns
para mim!”.
Se vocês tiverem coragem, façam isso por vocês
também!
Sempre boas as revisões!!!
ResponderExcluirQue continuemos a fazer essa procedimento sem cobranças, sem dor!!
ExcluirAbraços, Mônica!
Linda viagem do aprendizado Adri, parabéns. Neste mês de novembro fiz alguns passeios pelo passado por conta do niver, mas, com seu texto percebi que este "retorno" eu posso fazer com um pouco mais de tempo para avaliar com mais atenção às "pontas soltas" que ficaram. Sempre brinco com as pessoas dizendo que não vou desencarnar por agora porque ainda tenho muito o que aprender, mas, o legal da vida é entender o que preciso aprender...e hoje eu tenho alguns "indícios" do que eu vim fazer aqui, é claro que isso não me dá a certeza que vou realizar a tarefa com êxito, mas, me dá oportunidade para eu me avaliar. Adri Adri Adri...que Deus abençoe está sua tarefa de trazer reflexões necessárias para o nosso dia a dia. Grande abraço da Fran.
ResponderExcluirObrigada Fran, pela sua amizade, pelo seu carinho, pela sua companhia neste trajetória que escolhemos seguir. Que continuemos aprendendo sempre juntas! Abraços fraternos.
Excluir