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Fazemos uma
ideia muito errada sobre o que é o nosso planejamento reencarnatório. E nos
equivocamos porque temos ideias muito deturpadas do que é sairmos vencedores,
termos boas experiências, superarmos nossas dificuldades.
Enquanto não
percebermos que a nossa existência não se resume a um punhado de experiências
que nos farão sofrer, não compreenderemos a essência de nossa própria realidade.
E por que pensamos isso? Primeiro, porque muitos ainda acreditam que é pelo sofrimento
que seremos felizes! Interpretamos, equivocadamente, que sendo a dor necessária
para o nosso crescimento, o sofrimento também o será, como se um dependesse do
outro, como fossem um só. Mas, hoje, mais do que nunca, esses conceitos estão sendo
explicados de uma forma mais simples e libertadora: dor e sofrimento são dois
aspectos de uma experiência, sendo que a primeira é a forma que encaramos a experiência
em que vivemos e o segundo, como nos deixamos senti-la.
Quando é afirmado
que a dor é necessária, está se dizendo, simplesmente, que a maioria de nós,
seres terrenos, nesta etapa evolutiva, somente nos freamos quando algo “desagradável”
aos nossos olhos nos acontece. Esse algo, normalmente, é um alarme que nos faz
perceber que precisamos parar e descobrir, de uma forma mais racional e sem destemperos,
qual o caminho que nos retirará daquela trajetória desastrosa que estávamos percorrendo.
E por que digo “aos nossos olhos”? Porque tal circunstância pode ser horrível
para nós e não ser para um outro alguém. Eu posso perder a paz em uma
circunstância que outra pessoa a vivenciaria sem muitos tumultos. Por isso, a
dor é subjetiva, da mesma forma que a intensidade de nosso sofrimento também é.
Ambos, serão avaliados pelo indivíduo e dada a sua importância e intensidade
segundo a sua forma de enxergar a vida.
Mas, o que
isso tem a ver com a programação reencarnatória? Tudo, porque ambas serão
produzidas pelo indivíduo segundo a sua noção consciente ou inconsciente de seus
débitos e trabalhadas em suas existências materiais. Está muito claro para mim
que, os nossos débitos são contraídos pelas nossas ações equivocadas, mas eles
só são mantidos pela nossa consciência culpada. Mesmo quando pensamos naquele
indivíduo que não tem noção exata de
seus equívocos e é aprisionado pelos seus algozes
no plano imaterial, isso só acontece porque ele, como qualquer um de nós, já “sabe”
o que é certo e errado, e ele “vibra” conforme este entendimento. Desde a vinda
dos grandes Mestres, incluindo Jesus, não podemos mais dizer que não sabemos
onde erramos.
Por isso,
quando participamos de nossa programação reencarnatória, temos em nossa mente o
que queremos superar e se possível “pagar” para nos vermos livres de nossa
consciência perturbada. Elegemos muitas possíveis experiências não especificadas[1],
mas úteis para o nosso desabrochar e, na ilusão de um menino pequeno que acha
que se esconde atrás de suas próprias mãos, enxergamos muita dor e empreendemos
muito sofrimento nelas para nos vermos pagando
por cada erro cometido.
Precisamos
compreender que sermos vencedores em uma existência terrena, termos boas experiências
e superarmos nossas dificuldades depende de como vemos o que recebemos da vida
e estas podem ser por nós transmutadas para um olhar mais humano e caridoso
para conosco. Se não aprendemos isso, ao acreditarmos que precisaremos padecer
os horrores de uma doença terminal para nos livrarmos de nossos males, será
isso que construiremos para nós ao final de nossa existência. Assim, atendendo ao nosso desejo, a vida nos
dará a chave de nossa libertação (a doença terminal) para que alcancemos o
objetivo de nossa programação reencarnatória que é, tão somente, alcançarmos a
nossa felicidade espiritual.
** Se desejarem assistir mais sobre este tema, cliquem aqui.
[1] Em
nosso planejamento, com raras exceções, não escolhemos passar especificamente
por uma avalanche ou um tiroteio, uma queda de avião ou acidente de carro... Escolheremos,
de uma forma geral, passar por uma experiência que nos ajudará a compreender o
valor da vida, da família ou do emprego que nos sustenta. Daí, as
circunstâncias serão construídas a partir de nossas ações, serão o
resultado de nossas construções
segundo as nossas escolhas de toda uma vida.
Texto muito interessante. À primeira vista complexo. Tive que ler mais de uma vez para entender. A forma como encaramos nossas experiências terrenas é que farão a diferença no nosso planejamento reencarnatório, se assim entendi. Se achamos que esse caminho se fará pela dor ou sofrimento, assim construiremos o nosso caminho, mas podemos ter aprendizados que necessariamente não precisem passar por essas situações se escolhermos um caminho de menos sofrimento (obviamente não tem que ser um caminho fácil) e encarar a vida com mais leveza. Abraços e gratidão pela reflexão.
ResponderExcluirOlá Henderson! Sou eu que agradeço a sua sempre estimada participação.
ExcluirAbraços fraternos.