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Será que temos a exata noção de
qual é o papel do outro em nossa vida? Sei que cada um de vocês terá uma resposta
diferente para me dar... mas, acreditem, muitos mentirão para mim no primeiro
momento!
Por quê? Porque muitos de nós
não sabem qual é o seu papel na vida do outro, então, como afirmarmos qual
seria a reciprocidade do outro para conosco?
Para aqueles que estão vivendo
por viver, isso não é uma preocupação, mas pode ser um sofrimento, porque o
fato de eu não saber o que faço, pode não tirar de mim as exigências que quero
impor aos que me rodeiam. Então, posso querer um comportamento para comigo daqueles
que estão na minha vida, mas não agir da mesma forma com eles, o que os levará
a não aceitar as minhas atitudes.
De qualquer forma, este artigo
está direcionado para aqueles que têm como proposta uma mudança de
comportamento, uma visão mais aberta de seus próprios atos para que a conquista
de uma vida mais harmonizada seja concretizada.
Assim, para aqueles que buscam a
sua melhora íntima todos os dias, essa é uma vertente que não pode ser ignorada,
porque já ouvimos um milhão de vezes a seguinte orientação de nosso Mestre
Jesus:
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas.” (Mateus 7:12)
Há dois mil anos, o Nosso Senhor
Jesus Cristo nos orientou que a melhor ferramenta que temos para agir com o
próximo somos nós mesmos. Ele não disse que acertaríamos, mas percebemos que,
dessa forma, seríamos autênticos e, possivelmente, mais bem compreendidos pelo
outro em nossos equívocos.
Se o outro é alguém importante
para nós (e sempre será porque senão não nos incomodaríamos com ele),
precisamos dar o nosso melhor para que essa relação seja embasada em uma
reciprocidade sadia.
Bem, mas qual é o seu papel na
nossa existência? Verdadeiramente, de coadjuvante. Ele faz parte da nossa história
de vida, mas não pode nunca nos substituir no papel principal da peça que
estamos escrevendo. O ponto é que confundimos os personagens, ou por temermos
tamanha responsabilidade, tentamos nos colocar no papel secundário em nossa
própria dramatização. Cada pessoa que está conosco tem um papel importante no
palco de nossa história, mas ela só poderá atuar como protagonista em sua
própria apresentação teatral.
Assim, ela, atuando
conjuntamente conosco, nos mostrará o que é ser amado e o que é deixar de
sê-lo; nos ajudará a aprender a enfrentar novas experiências ou mesmo fugir
delas; a enxergá-las como benéficas ou não; a percebermos quem estamos, porque os sentimentos e as
emoções surgem mais facilmente quando em contato com o nosso próximo; e muitas
mais. No decorrer dessas nossas conquistas, descobriremos que tudo o que
aprendemos com ela (com as suas ações e reações aos fatos da vida) ou por meio
dela, ao final, somente a nós caberá resolver qual aprendizado abraçaremos. Mas,
sem o outro, todo o processo seria mais difícil e bem mais lento.
O acaso não existe. Isso é um
fato! Então, essas pessoas que entram em nossas vidas não o fazem por acaso. Todos
temos um propósito divino. Precisamos compreender que, seja por um período
prolongado ou curto, cada um de nós fará diferença na vida do outro, porque acrescentaremos
ao outro e a nós mesmos ricas experiências que nos ajudarão a crescer.
Quem não tem vocação para a
clausura, e foge do outro, teme viver e crescer, teme enfrentar a si mesmo.
Que possamos valorizar as
relações pessoais para que com elas, cresçamos a passos largos nos mundos[1] em
que vivemos.
A verdade é que ninguém passa em nossas vidas por acaso. O outro sempre tem muito a nos ensinar, ou com exemplos (bons ou ruins), ou com palavras, ou mesmo sendo quem eles são. Achei importante ser salientado no texto que eles serão sempre coadjuvantes, pois na nossa vida o papel principal sempre será o nosso. Muitas vezes nos esquecemos disso. Obrigado por essa reflexão.
ResponderExcluirSou eu que agradeço as suas considerações, meu amigo!
ResponderExcluirAbraços fraternos.
Adriana, obrigada por sua mensagem!
ResponderExcluirSei que o acaso não existe, mas nas ultimas semanas estava me perguntando sobre a necessidade de conviver com aquelas pessoas que simplesmente "passam"... Por nossas vidas. E a última que "passou" pela minha, em poucas horas ficou encantado com a forma que eu ajudei as pessoas na emergência do hospital... Em alguns dias, me tornei "a pessoa da sua vida"... E depois por divergências religiosas... Uma pecadora de imensas proporções.
Eu percebi o quanto preciso crescer, no que tange o trato com "o meu próximo mais próximo" e que mesmo querendo, não podemos auxiliar ao outro, para respeitar sua vontade.
Ao final, não conversamos mais, porque a minha presença dispara em seus sentimentos, alguns gatilhos que o incomodam em sua jornada, mas, tudo isso mostrou a ele que precisava de auxilio profissional para lidar com os incômodos. Ao final, todos aprendemos!
Olá Marília! Que bom que você está conseguindo colocar em prática as suas verdades. Não significa que elas não doam quando queremos que o resultado seja diferente, mas ante a coerência de nosso coração, aplicá-las nos traz paz para seguirmos em frente, perseverantes. Abraços fraternos.
ExcluirÉ.. somente percebemos isto qdo comecamos a nos perguntar para que?
ExcluirMas, nada nos impede de perguntarmos sobre "o porquê". Mas, façamos isso quando, tendo ou não a resposta, tivermos condições de continuarmos em frente sem esmorecer em nossa fé de que tudo é mais do que perfeito em nossa vida. Abraços fraternos, Wesley.
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