📢 Ouça também este artigo na voz da autora.
Toque duas vezes.
Dia, noite;
Quente, frio;
Feliz,
infeliz;
Bom, mau;
Certo,
errado...
Esses são
alguns exemplos do que chamo de aspectos da dualidade em nossa vida. Eles estão
conosco todos os dias e, na maioria das vezes, nem percebemos a sua importância
para nós.
A princípio,
acredito que todos vocês devem ter pensado que, nesta tal dualidade, existe o
lado “bom” e o “não tão bom” de cada situação. Acredito também que deve ter
passado por suas mentes que o melhor seria não termos de vivenciar o lado “não
tão bom”, assim tudo seria muito melhor, mais harmônico e feliz. Mas, vamos
começar uma análise diferente? O que seria de nós se não houvessem as trevas
(falta de luz)? Imaginem uma semana, um mês, um ano sem a noite para que
pudéssemos dormir! Agora, imaginem esse mesmo tempo sob uma temperatura tórrida
sem jamais resfriar!
Essas
dualidades nos dão a verdadeira importância de cada experiência que
vivenciamos, porque a luz é ótima, mas precisamos da escuridão para serenarmos
os nossos pensamentos e descansar nosso corpo.
Apesar disso,
vocês poderiam pensar: e a infelicidade, será que necessitaríamos dela? Eu
pergunto: será que valorizaríamos os momentos de alegria se não tivéssemos o
seu contraponto para sentirmos como é bom merecer e vivenciar aquele estado de
espírito?! Será que se fôssemos totalmente felizes, no patamar evolutivo em que
estamos, daríamos outros passos para a compreensão de verdades que são
essenciais para o nosso crescimento individual? Na verdade, na verdade, essa
felicidade não seria plena, pois ainda temos muito o que conquistar para nos sentirmos
felizes e íntegros ante a nossa jornada evolutiva!
Uma vez me foi
explicado que essa dualidade é só “aparente”, ela não é real, e eu me surpreendi
com tal afirmativa. Claro que quis entender melhor e a resposta a mim trazida foi
simples, como é simples tudo o que vem de Deus: “A dualidade só é percebida por nós porque aquele ponto dual que realmente existe deixa de se manifestar.” Ou seja, as trevas somente "existem" quando não há
a luz no ambiente; o frio só existe na
ausência do calor; a infelicidade só é sentida,
porque afastamos de nós os motivos para estarmos felizes; o mal só se manifesta
quando nos recusamos a agir no bem. Preciso dizer mais?
Essa é uma
das explicações que nos faz compreender a Majestade Divina, porque quando alguém
afirma que Deus criou o mal, isso não é verdadeiro! Quando afirmamos que somos
punidos ante as nossas atitudes equivocadas, isso também não é real! Da mesma
forma que analisamos os demais itens, tanto o acerto quanto o erro têm a sua
existência com base na falta de seu “oposto dual”.
Sei o que
estão pensando: “claro que o erro existe, até porque erramos mais do que
acertamos!” Mas, então, quero que acompanhem o meu raciocínio: o que é o erro?
Erro é uma falha ou algo que considero ter feito de forma equivocada, de uma
forma que foge ao padrão daquilo que acho correto. Se analisarmos que para todo
erro, posteriormente virá o acerto, porque aprenderemos com todas as
circunstâncias, então, no final, o erro só é uma parte do processo de
aprendizado que é bom. Então, da
mesma forma que os demais, o “erro” seria ainda a falta do “acerto”, do mesmo
jeito que o “mal” é o nosso afastamento do “bem”.
Por isso, não
podemos jamais dizer que Deus criou o mal, porque fomos nós que nos afastamos
daquilo que Ele nos deu por essência: o bem. E é, por tentativas e escolhas,
que optamos por abraçar o que melhor nos parecer, segundo o nosso entendimento
do que é certo ou errado (outra dualidade).
Sei que vocês
podem estar pensando que tudo o que eu digo está no plano das ideias porque o
calor, a infelicidade, as trevas, o mal, o errado... são tão vivenciados por
cada um de nós diariamente que não deixam de nos influenciar e nos trazer
consequências. E se assim é, eles são concretos e se são concretos, eles
existem!
A boa
notícia, neste caso, é que, existindo ou não, se temos o entendimento da nossa participação na
vivência dessas dualidades, podemos transmutá-las a nosso favor para que não
alimentemos suas facetas negativas. Mas, se elas forem abraçadas por nós, que
as enxerguemos como instrumentos evolutivos que nos impulsionam à evolução do
nosso ser, diariamente.
Por isso, gratidão
a Deus por TUDO nos ajudar a progredir!
Quando nos perdoamos por ter errado e conseguimos perceber o quanto crescemos por ter errado... acredito que um passo enorme para a maturidade em todos o sentidos seja dado, para isso é necessário se despir do orgulho..
ResponderExcluirMaravilhosa análise, CS.
ResponderExcluirAbraços fraternos.