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Um dia, eu
estava sentindo muita saudade de alguém especial e percebi que isso trazia
muita tristeza ao meu coração.
Chorei um
pouco em razão das lembranças que parecem estar sempre vinculadas à saudade e
que, por vezes, maltratam o espírito e que nos fazem perceber que poderíamos
ter aproveitado melhor a presença daquela pessoa que nos era, ou ainda é, tão
preciosa.
Em
determinado momento daquele processo de dor, tive a benção de poder escutar um
espírito amigo que me disse: “Que bom que você sente saudade!” Eu respondi no impulso:
“Mas, ela me entristece, me traz dor...” Então, ele continuou: “Mas, ela
demonstra que o amor que vocês construíram nesta existência fez valer cada
experiência vivida. Você preferiria não a ter em sua vida só para evitar agora
a dor da separação? Sentir tristeza é natural, tente somente não exacerbar o
sofrimento alimentado por você nestes momentos”.
Eu nunca
tinha pensado assim. Eu sabia, por já me ter sido explicado antes, que o
sofrimento era uma escolha minha (já até comentei em outros artigos desse
blog), mas pensar que a saudade era um reflexo de algo maravilhoso, nunca!
Quantas vezes
nos deparamos com situações que nos fazem sentir como se o mundo ao nosso redor
estivesse desabando e não sobreviveríamos a mais um dia? Quantas vezes,
alimentamos um sofrimento desenfreado por acreditarmos que aquela “perda” foi
um golpe da vida contra nós?
Se pudéssemos
compreender que todas essas intempéries são alavancas para o crescimento de
nosso ser, talvez, não nos sentíssemos tão desamparados!
Pensando na
mensagem daquele amigo espiritual, a saudade é um momento de luz que, na
maioria das vezes, transformamos em trevas através do sofrimento. Se entendermos
que a saudade é o resultado positivo de nossos sentimentos pelo outro, que não
está mais tão perto de nós, e que foi construída em razão de nossos esforços
coletivos e diários para nos superarmos naquilo que ainda não compreendemos ou
não colocamos em prática, talvez a possamos ver como um momento gratificante
de nosso viver e não sofrer tanto por isso.
E não estou
falando somente de sentir saudade de pessoas queridas, que desencarnaram ou
estão longe de nós, mas também de lugares, de situações que vivemos e que
gostaríamos de vivenciar mais um pouquinho, por nos ter feito sentir muito bem.
A saudade é
um aviso nosso para nós mesmos dizendo que conseguimos amar alguém, que
conseguimos viver um momento ou uma circunstância em que nos permitimos sentir a
felicidade, nos sentir mais realizados, mais donos de nossos destinos...
A saudade é
como um alerta para nós daquilo que realmente vale a pena termos em nossa vida,
não como um retorno ao passado, mas como uma viagem ao futuro com o ser
modificado que já nos transformamos, e com as pessoas e circunstâncias que nos
são de grande valor e que estão conosco em nosso presente.
A saudade é
como um sentimento que nos assola, vez por outra, para nos lembrar que podemos
fazer algo que antes não nos sentíamos capazes de fazer (amar esse alguém) e que
agora já é passível de ser vivenciado mais e mais se assim o desejarmos (viver,
dividindo com o outro ou consigo mesmo aquilo que nos completa).
Mas, enquanto
não aprendermos que o sofrimento é diferente da dor, que aquele é uma
construção pessoal e que a sua intensidade somos nós que determinamos, ainda
não conseguiremos enxergar a luz que se dá a cada momento da saudade.
Quem já não
sorriu quando teve lembranças de momentos vivenciados com alguém que já se “foi”?
Esse é um momento de luz! Quem já não agradeceu a Deus por ter tido essa pessoa
em sua vida, apesar de agora ela não poder mais estar ao seu lado? Esse é um
outro momento de luz! Quem não fez outros planos para adaptar a sua vida a uma
circunstância baseada na saudade dos sentimentos vivenciados? Tudo isso é luz!
Tudo isso nos traz saudades e, se desejarmos, também a felicidade.
Quero deixar
claro que, em nenhum momento, devemos nos criticar ou julgar por sentirmos
tristeza pela ausência de quem amamos ou pela impossibilidade de vivenciarmos aquela
circunstância que desejamos uma vez mais em nossa vida, isso é natural. Contudo,
que não transformemos a saudade em um momento de sofrimento, e sim a
enxerguemos como uma reação que nos leva a valorizar tudo aquilo que foi
importante para nós e ainda é.
“A saudade é
um bálsamo de luz, quando bem a entendemos”, - disse-me um espírito amigo.
Que linda explicação e adorei ter refletido antes sobre esse assunto porque lendo o seu artigo vejo que estou no caminho...a saudade as vezes "aperta" o coração, mas, trás pra mim tantas recordações boas e revigora.
ResponderExcluirAdri, que vc e os amigos continuem a divulgar lindos ensinamentos.
Grande abraço, Fran
Que bom, Fran, que estamos nos permitindo transformar os nossos sentimentos de saudade, que antes nos angustiavam, em recordações que nos impulsionam e revigoram para o nosso contínuo caminhar. São esses amores que também nos impulsionam a querer seguir em frente. Abraços.
ExcluirLindo texto! Ontem senti muita saudades mas agora sei que transformei em muita luz!
ResponderExcluirNão há nada mais notável quando nos flagramos como potenciais impulsionadores da luz que já portamos. Que essa luz possa ter chegado ao seu destino com todo o seu amor, Unknown.
ExcluirAbraços.
Que texto lindo! Obrigada!
ResponderExcluirQue bom que gostou Ayala!
ExcluirAbraços fraternos.
Me identifiquei mto com esse texto, senti e entendi cada palavra, um dia desses eu tava sentindo saudade de uma pessoa que amo muito, mas não esta mais aqui para eu senti seu cheiro, abraço físico e neste momento caiu a ficha de q houve um renascimento com seu desencarne, já não sou mais a Carol de antes e o agradeço mto por isso!! Obrigada Adriana por compartilhar conosco tanto conhecimento e ensinamento, adoro ler seus textos. Forte abraço!
ResponderExcluirObrigada Carol por dividir conosco o seu aprendizado. Não há nada mais gratificante do que enxergarmos em nós o crescimento que nos consola e nos faz feliz.
ExcluirObrigada também pelo incentivo. Abraços fraternos.