Mediunidade na programação de uma vida – Parte I



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Como vocês acham que um médium se vê médium? Para aqueles que não sabem de sua mediunidade, a sua primeira experiência, normalmente, é escutar de um outro médium que ele também o é. A surpresa pode ser intensa ou recebida de uma forma muito natural. Para estes, uma alegria, para aqueles, um sentimento de temor pelo o que não conhecem.
A maioria sente esse temor devido às ideias equivocadas que se encontram por aí, considerando que ainda vivemos em um mundo repleto de preconceitos onde a humanidade ainda critica, sem saber sobre o que realmente está falando.
Se imaginarmos que, em pleno século XXI, ainda escutamos algumas pessoas professando que todo espírita é macumbeiro, adorador do demônio etc, entendemos o porquê de algumas pessoas temerem ser portadoras dessa “maldição”.
Mas, o que é a mediunidade? É um dom, um instrumento que o médium traz em sua existência carnal para servir como intermediário entre os dois planos da vida. Conceito simples, mas que diz tudo.
Como dissemos acima, normalmente, um médium somente sabe que é médium quando outro lhe fala, o que, normalmente, acontece em uma casa espírita. Vocês podem se perguntar que, se aquela pessoa foi na casa espírita, então, ela é simpatizante! Infelizmente, nem sempre é assim. Muitas chegam em nossos grupos por meio do desequilíbrio, por não compreenderem o momento em que estão vivendo, por sensações físicas que estão tendo e que não sabem como explicar. Muitas vezes, já passaram por todo tipo de ajuda religiosa antes de aceitarem a ideia de adentrar em uma casa espírita, sendo ela a sua última esperança.
Quando nela chegam, recebem a notícia que uma boa parte do que estão vivendo advém da mediunidade. Percebem que o seu remédio é somente se enxergar como um para-raios que está puxando para si todo tipo de energia ao seu redor, porque é o que um médium faz quando desconhece o seu estado mediúnico.
A princípio, essa descrição pode trazer aos mais temerosos, muito mais resistência a aceitarem-se como médiuns, porque podem entender que ela só traz sofrimento. Mas, isso não é real. É somente uma fase em que somos chamados para a tarefa e resistimos à nossa própria escolha reencarnatória. 
Seria, mais ou menos, pensar que as espinhas que ganhamos são uma punição por atingirmos a puberdade! Verdadeiramente, resistindo, demoramos a nos ver com o dom que portamos e, demorando, mais propensos ficamos a carregar a nossa mediunidade sem educá-la para os percalços da vida. Numa vinculação prática, quanto mais tempo demoramos para tratar de nossas espinhas, mais elas inflamarão e maior será o incômodo por elas estarem ali.
Quando, diversamente, aceitamos a tarefa que abraçamos em nosso planejamento reencarnatório e lidamos com naturalidade com aquilo que está em nós como uma benção para nos lapidarmos e crescermos como indivíduos, todo o aprendizado e adaptação se faz mais rapidamente.
Mas, o que é essa adaptação? Simplesmente, é vermos que tudo o que fazíamos antes com extrema naturalidade advinha de nossa capacidade de nos sensibilizarmos com as pessoas e ambientes ao nosso redor, ou de estarmos mais conectados ao Todo, tendo olhos para ver e ouvidos para ouvir, o que os “outros” não teriam condições de perceber.
A mediunidade é uma benção que cada um desses médiuns escolhe portar, antes de reencarnar, com o propósito de crescimento pessoal ou coletivo. Afirmaria que é uma missão muito bonita que os médiuns abraçam, como um padre, um pastor, uma mãe, um pai, fazem em suas vidas para orientar outros irmãos neste crescimento coletivo, mas que não deixam de crescer agraciados com a sua própria conquista individual.
Em todas as religiões, os seus fiéis encontrarão o consolo que os levará a buscar o caminho mais reto em suas vidas e isso não há porque duvidar. Mas, na filosofia espírita, os médiuns são “a face” da espiritualidade amiga, devendo, cada um deles, ao seu tempo e modo, servir como exemplo de amor, caridade e fraternidade cristã, levando aos apreciadores desta doutrina o consolo das verdades espirituais e, aos seus corações, a certeza da misericórdia e do amparo diário do Pai.
Mais do que isso, porém, a mediunidade na programação de uma vida é ser mais um instrumento de evolução e de perdão pessoal do obreiro para consigo mesmo diante das suas próprias mazelas.

Isso, todavia, falaremos no próximo artigo. 

10 comentários :

  1. Bem esclarecedor..já estou aguardando o próximo texto. Bjbj Franciane

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    1. Que bom que o texto atendeu ao objetivo que era o esclarecimento. Obrigada, Franciane.

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  2. Adorei. Sede de saber mais...Aguardando anciosa novo texto. Obrigada por mais um ensinamento. Bj. Tania

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    1. Fico satisfeita que houve a compreensão e a sua vontade de aprender sempre mais. Abraços Tania.

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  3. Mediunidade, dom; médium, educação - educação da mediunidade, para conhecer a si mesmo, e assim nos lapidarmos e crescermos como indivíduos e/ou coletivamente.

    Palavras de um amigo: É uma benção que a vida nos proporciona para nos fazer crescer e evoluir. Se a aceitarmos com fé, tudo se conecta e se ajeita, ficando mais fácil de viver.
    Só depois de algum tempo é que percebi que referia-se, também, à minha mediunidade

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    1. Agradeço as suas palavras e de seu amigo, Argeu. Muito bom sabermos que estamos todos buscando essa compreensão. Abraços.

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  4. Puro, simples e singelo. Agora vou ficar viciada no blog kkkk, E que venha as mazelas, estas falarão do perdão, de moral, de trabalho e ética? Bora trabalhar!

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  5. Ah, Jussara! Isso será surpresa! ;) ;)
    Mas, aceito o convite... bora trabalhar!
    Abraços.

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