Diante de tanta (in)civilidade, estamos regredindo enquanto humanidade?


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O mundo está mudando! As pessoas estão mudando! Os costumes estão mudando! A princípio, diria que isso é muito bom, porque nós só crescemos com mudanças. Então, por que parece que as coisas não estão se encaixando? Por que parece que não estamos evoluindo?

Acho que a resposta é bem simples: estamos evoluindo sim, só que as pessoas hoje não estão mais mascarando tanto o seu verdadeiro Eu.

Antes, dizem os “antigos”, parecia existir mais sensibilidade, mais humanidade, mais respeito e calor humano. Dizem também que, hoje, estamos nos tornando mais individualistas, não nos preocupando com a família e, por consequência, não nos preocupando com os demais seres humanos que se encontram ao nosso redor.

Bem, eu concordo, discordando! A palavra chave aí é “parecia”...

Eu acredito que não regredimos evolutivamente. O que já aprendemos, não é descartado, porque já está em nós. Se hoje estamos falando e manifestando os nossos “execráveis” comportamentos é porque já os tínhamos, mas não os levávamos ao conhecimento de todos, não os manifestávamos de forma explícita. Seria como o fofoqueiro de outrora que falava muito e coisas horríveis, mas nunca para o alvo de suas próprias críticas. Para este, ao contrário, somente o seu sorriso falso.

Eu escutei a espiritualidade falando uma vez que a humanidade precisava se deparar consigo mesma para que se escandalizasse e buscasse mudanças. Nós, ainda, precisamos de nossos “espelhos” para nos enxergarmos intimamente. Então, se eu não tenho um comportamento condenável, não significa que eu não possua os pensamentos ou as sementes que o fazem germinar. Precisarei me deparar com esse comportamento, seja de forma consciente ou inconsciente, para que eu o lapide e o transforme em algo melhor e, para isso, preciso vivenciar a experiência diretamente ou enxergar no outro as consequências de suas experiências para aprová-lo (comportamento) ou não na minha vida.

Por isso, coloco como referência o que aconteceu no nosso país: quantos políticos sofreram os efeitos de suas escolhas não tão boas? Quantos empresários foram presos por terem agido ilegalmente? O que aconteceu depois, se foi justo ou injusto, não está para este artigo comentar.

Podemos pensar que eles tiveram o que mereciam, mas, quando tudo começou a ser exposto, muitos brasileiros não agiam diferentemente. O que os distinguiam era o patamar da corrupção: o político se apropriava de milhões dos cofres públicos e o cidadão brasileiro sonegava os impostos devidos; o político vendia o seu voto em um projeto de lei e o cidadão brasileiro dava um suborno para o guarda para que não o multasse por excesso de velocidade ou por ter estacionado em lugar proibido.

Quando tudo começou a ser exposto, e quando todos começaram a ver os absurdos ocorridos, a lição começou a se escancarar e a retornar a todos nós. Ouvimos de muitos: “nossos políticos são um reflexo do povo”, “todo povo tem o político que merece”, “o povo brasileiro é tão corrupto quanto os políticos que o governam”... foi um tapa na cara de todos nós.

Nossa primeira reação foi não aceitar essas críticas, mas começamos a perceber, devagarinho, que precisávamos mudar os nossos comportamentos sim, porque todo ato grande de corrupção, tem origem em atos menores.

Ante aquela experiência, quantos de nós não nos colocamos num processo de autocura ou autoanálise por termos nos enxergado mais intimamente? Quantos cidadãos brasileiros buscaram mudança em seus comportamentos, vistos anteriormente como corriqueiros e normais, em razão do escancaramento do comportamento inadequado de seus governantes?

O que é importante é que estamos mudando. Cada um do seu jeito, mas estamos mudando... e para melhor.

Então, da onde vem a (in)civilidade que enxergamos? Ela está diretamente relacionada a "bandeira" que muitos estão abraçando e que os seres que estão reencarnados já a portam: de sermos os mais verdadeiros possíveis diante de nossas tendências, ou seja, defendemos o que achamos que é ou quem nós achamos que está correto.

Não é necessário lembrar em como toda mudança da humanidade a nossa balança tenderá de um lado para o outro gravemente (de "8 para o 80" e vice-versa) até que, com os aprendizados, o equilíbrio se fará. Enquanto isso, ainda veremos atitudes de (in)civilidade marcantes, mas que nos levarão à civilidade que é o reflexo de nosso crescimento espiritual.

2 comentários :

  1. Adriana,tudo bem?pesquisando aqui no google,achei seu blog,vc poderia entrar em contato comigo por e-mail?queria desabafar um assunto,estou passando por terríveis problemas.
    shaw_222@hotmail.com

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  2. Olá, Alex. Farei melhor: eu trabalho numa casa espírita que trabalha com a psicografia para responder a dúvidas ou problemas que todos nós sentimos. Por isso, acredito que melhor que eu, a espiritualidade amiga pode lhe dar mais respaldo para os seus problemas. Por isso, com muito carinho e certeza que ela o amparará repasso o e-mail faleconosco@fcbm.org.br. Mande o seu e-mail e aguarde com a certeza de que a resposta virá no tempo certo para o seu coração. Abraços fraternos.

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