Primeiramente,
gostaria de explicar o que eu chamo de “ser 08 ou 80”: é estarmos sempre nos
extremos, amando demais ou de menos, irritados demais ou de menos, alegres
demais ou de menos...
Ser
08 ou 80 é estarmos vivendo a vida sem nos percebermos na exacerbação de nossos
sentimentos, de nossas emoções, de nossos pensamentos, de nossas próprias
ações.
Sendo honestos conosco, temos de admitir que, hoje, vivemos assim todos os dias! Nós vivemos nesses dois
extremos porque ainda não compreendemos as lições que a vida nos proporciona,
ou seja, o equilíbrio é o que almejamos, mas alcançá-lo, ainda não nos foi
possível em algumas áreas de nossa existência. Então, quando vivemos esses
extremos, normalmente, eles nos trazem momentos de sofrimento e angústia.
Mas,
a boa notícia é que esse estado de desequilíbrio de nossas ações ou sentimentos
não abrange tudo em nós. Não estamos 08 ou 80 em todos os setores da vida. Em
alguns, já alcançamos alguma estabilidade, já alcançamos o conhecimento pleno
que nos faz viver bem sob aquele aspecto. Dou um exemplo corriqueiro para
entender o processo: quando estamos aprendendo a dirigir, tudo o que temos de
fazer para que o carro ande é muito bem pensado e ficamos atentos a cada ação
que realizamos. Quando já internalizamos o procedimento, dirigimos sem perceber
e até conversamos realizando as ações instintivamente. Assim é quando falamos
em nossa evolução pessoal. Todas as nossas atitudes são o resultado de nosso
aprendizado absorvido integralmente ou não.
Se
percebemos que ainda vivemos no “08 ou 80” em algumas de nossas ações,
pensamentos, sentimentos... é porque ainda não internalizamos plenamente o
aprendizado a nós exposto e que levaremos um tempo para que isso aconteça. O
importante é que esse tempo dependerá única e exclusivamente de nós mesmos,
porque se tivermos boa vontade nos esforçaremos para que a compreensão se faça.
Se
assim é, significa que só depende de nós o nosso crescimento e a saída do
desconforto de estarmos nesses extremos. Só depende de nós, como na direção de
um automóvel, de ficarmos atentos ao barulho do carro, a necessária reação ao
volante, na colocação correta da marcha e dos pedais para que o nosso “carro”
siga em frente e permaneça ligado, mas que, quando for necessário, saberemos
também como freá-lo e desligá-lo.
É
imprescindível lembrar, no entanto, que cada um vive a seu tempo, na busca por
aprender a dirigir bem o seu "carro".
Não
desistamos ou desanimemos quando nos percebermos nos extremos de nossas
emoções, sentimentos, pensamentos ou ações. Lembremos que só estamos naquele
estado porque ainda não compreendemos a lição, mas quando esta estiver
internalizada (e isso só acontecerá se nos dedicarmos a vivenciá-la sem medo) agiremos
naturalmente sem qualquer esforço ou sofrimento.
08
ou 80? Ainda estamos assim, mas chegaremos no equilíbrio pleno... um dia.
Postar um comentário
Deixe aqui o seu comentário que responderei assim que puder.
Abraços fraternos.