Diálogo: instrumento precioso de esclarecimentos


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Essa semana, passei, novamente, por uma situação que me fez querer compartilhá-la com vocês. Não é a situação em si, mas as consequências dela em nossa vida.

Eu tenho uma amiga, pois é assim que eu a considero, que, quando eu a conheci, tive um reconhecimento de uma amizade antiga.

Sempre quando a via, sentia uma alegria sincera de estar ao seu lado, e nunca deixei de transparecer isso (pelo menos era o que eu pensava). Mas, essa semana, tivemos uma experiência que, sem a necessidade de dar muitos detalhes, fizeram-na sentir-se agredida e triste.

Fiquei muito sensibilizada com o resultado imediato daquela experiência. Não conseguia entender a reação daquela pessoa que eu tanto gostava, mas que, nesta existência, quase nada conhecia. Fui para a minha casa muito entristecida, pedindo a Jesus e a todos os Seus trabalhadores que nos auxiliassem nesse momento difícil.

No dia seguinte, um amigo nosso muito “inspirado”, daquele jeito escrachado, veio até mim e disse: “Olha, vocês precisam conversar, porque isso não está certo não! Fulana me disse que acha que você não gosta dela e eu acredito que isso precisa ser esclarecido!” E saiu lavando as mãos.

Ela olhou para mim (com aquele olhar de “fui descoberta”) e eu a abracei.

Nós, seres humanos, precisamos aprender a conversar. Como eu disse no início, eu gosto muito dela e ela nem precisou construir nada para isso (pelo menos, não nesta vida) e, por um motivo que eu desconhecia, ela achava que eu me incomodava com a sua presença! Ou seja, o que aconteceu nesta semana foi o resultado da somatória de todos os seus pensamentos equivocados.

Mesmo com todas as minhas reações de amizade, abraços fraternos, sorriso nos lábios ao vê-la, palavras de carinho, não foram suficientes para retirar de seu coração aquela impressão construída somente por ela!

Foram meses de convívio e, acredito, muita dor por parte dela, porque estávamos frequentando o mesmo curso toda semana!

Se ela tivesse vindo a mim e falado as suas inseguranças, talvez eu já a tivesse aliviado a muito tempo, o que não pude fazer porque ela nunca se abriu.

Se não fosse a intervenção daquele nosso grande amigo, talvez, ela tivesse se afastado de vez e uma amizade bonita poderia não ser vivenciada.

Mas, como eu disse no início, essa não foi a primeira vez que vivi essa experiência.

Sabem, eu tenho um amigo, da idade de meu pai, que sempre foi muito especial para mim. Há alguns anos, eu senti que deveria dizer isso para ele (sim, amigos, eu tenho dessas coisas - risos)! Então, quando eu o vi chegando, fui até ele e lhe disse o quanto eu gostava dele e o quanto ele era importante na minha vida. Qual foi a minha surpresa ao vê-lo emocionar-se e dizer que ele achava que eu não gostava dele. Eu perguntei para ele o porquê dele pensar isso; se eu tinha feito algo que desse a ele esse entendimento. Mas, ele afirmou que não. Ele só achava que eu não deveria gostar dele!

Sabe, eu quase chorei com ele. “Por três anos”, ele me disse, “vivi acreditando que, pelo jeito que eu sou, você não gostava de mim.”

Depois dessa experiência, eu tento sempre conversar com as pessoas que são caras para mim. Se eu percebo que algo está errado, vou até ela e pergunto: Aconteceu alguma coisa? Eu fiz algo que não a agradou?

Acredito que não temos mais tempo de ficar imaginando sobre os sentimentos dos outros. Não temos mais tempo de sofrer por situações que estão no âmbito de nossa pura imaginação...

Já recuperei amizades preciosas assim, não perdendo tempo em cumular magoas nem deixando meias palavras para solucionar problemas que se constroem a olhos vistos.

A minha sorte, no primeiro caso exposto acima, é que este nosso amigo estava comigo em uma reunião, onde eu, a título de depoimento, expus esse segundo caso como exemplo ao que estávamos estudando. Por isso, ele nos colocou frente à frente, por que lembrou que, às vezes, podemos construir realidades que nos trazem dores, mas que não são compartilhadas pelas pessoas envolvidas.

Não deixem isso acontecer em suas vidas! Retirem dela as ilusões! Utilizem o diálogo como instrumento valoroso de esclarecimento aos desentendimentos porque, assim, estaremos construindo sempre a favor de nossa paz de espírito.

Fica a dica!


2 comentários :

  1. Que legal,Adri! E estou aqui resgatando alguns casos meus e que montei toda uma história e quando fui conversar com a pessoa era tudo diferente....rs..mas, como somos criativos para imaginar coisas né? Devemos utilizar essa nossa criatividade para fazer o que vc demonstrou...para ir lá e falar com a pessoa. Eu fui perceber essa necessidade de dizer as pessoas o que sinto depois do desencarne da minha mãe, mas, mesmo assim não são com todos que ainda faço isso, ainda penso que alguém ficará "milindrado". Mas, é um exercício. Muito bom, gostei de lembrar de mais um exercício! Beijos e linda semana! Fran

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    1. Oi Fran! Que bom que este texto pode ajudar a você a firmar algumas de suas descobertas. Eu, realmente, sou mais feliz depois de adotar essa postura. Abraços mil.

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