Eu estava pensando no tema que poderia conversar com vocês essa semana e uma querida amiga me deu uma dica para que eu falasse sobre a felicidade. O engraçado é que a minha primeira impressão foi imaginar que não haveria muito para se falar sobre esse tema, pois, ou já o mencionei em um post anterior (A felicidade mora ao lado?) ou todos nós, de uma forma ou de outra, vivenciamos a felicidade em nossa vida e isso não seria novidade nenhuma.
Mas, percebi que nem todos nós,
inclusive eu, temos a consciência do que é a verdadeira felicidade ou,
simplesmente, o que é ser feliz, por isso vale a pena discorrer mais um pouco
sobre o assunto.
Primeiro, precisamos entender
onde que vivenciaremos este estado de felicidade. Alguém sabe? Não existe outro
lugar que não seja o nosso templo interior. O sorriso de felicidade e os gestos
que identificamos como um reflexo dela (felicidade) são a exteriorização de um
estado que transborda além de nossos limites interiores.
Então, não há como falarmos de
felicidade se ela for vinculada por nós a
algo que não nos pertence verdadeiramente. Pessoas e coisas não nos pertencem,
não poderão ser levados por nós quando daqui nos despedirmos.
Deturpamos tanto esta verdade que
procuramos no mundo exterior o que tem que ser construído em nossa casa íntima.
É claro que a felicidade é um sentimento
muito particular. Cada um de nós a sente de uma maneira diferente, porque cada
um de nós possuiu experiências diferentes que farão que a flagremos, ou não, segundo
a nossa visão do mundo.
Para muitos a felicidade é ter
dinheiro, poder, bens materiais... Para outros, é ter alguém ao seu lado, uma
família, filhos, amigos, uma casa simples para morar, um travesseiro para
depositar a cabeça... Para outros tantos, é ser livre, sem amarras, sem
compromissos...
Infelizmente, para cada uma
dessas pessoas a felicidade plena ainda está para ser alcançada, porque ela “não
mora ainda em seu coração”! Por menor que seja a sua ambição quanto ao seu alvo de felicidade, ainda assim essa
pessoa a deposita em algo ou alguém, o que a torna sua refém. Mesmo as que
querem ser livres, o que faz parecer que elas estão se desapegando, não espelha
a realidade em seu íntimo, porque elas também se “sentem” amarradas a essa
questão de “ter que ter” a liberdade para serem felizes.
Pensem comigo: se assim fosse, se
a nossa felicidade só existisse
com esses alvos, Deus não estaria em
conformidade com a Sua perfeição, porque estaríamos à mercê da vontade alheia
ou da existência de algo para sermos felizes. Ele sabe que precisamos ser autossuficientes
para alcançarmos a nossa evolução.
Sei que já ouvimos falar,
infinitas vezes, que dependemos do “outro” para aprender. Essa afirmativa é
real e verdadeira, porque com o próximo nos testamos, com o próximo enxergamos
a nossa capacidade de amar e reagir emocionalmente às circunstâncias provocadas
pelo outro. Mas, para tudo isso acontecer, precisamos estar inteiros
emocionalmente, todo o resto é complemento e instrumentos impulsionadores de nosso
crescimento.
A felicidade não deveria estar nas coisas ou nas pessoas; não deveria estar em situações que ainda não vivenciamos; não deveria estar em um tempo futuro a ser alcançado...
Ela deve estar no nosso momento
presente; ela deve estar no que estamos vivenciando e construindo em nosso
íntimo!
Se hoje estamos “amarrados” a
alguém ou a situações que não podemos mudar, que sejamos felizes enquanto não
pudermos fazer algo diferente!
Se hoje a vida nos convida a
situações que não nos é confortável na sua essência, que possamos encontrar a
felicidade nas mínimas coisas que nos são ofertadas, porque Deus não nos leva a
uma vida de desamparo e precisamos enxergar essas bênçãos em nós.
Sei que é fácil afirmarmos isso
quando não estamos passando por um turbilhão de emoções ou situações negativas,
mas se pensarmos que está tudo
errado e que nada que temos
nos torna felizes, estaremos dizendo para o nosso ser que não acreditamos na
Providência Divina e aí a nossa Essência não poderá sentir a felicidade que já
portamos.
Somos portadores da felicidade
sim, seja ela de que tamanho for. Mas, que a enxerguemos com os olhos da
verdade e que compreendamos que os verdadeiros construtores dela em nós somos
nós mesmos, todo o resto é complemento
de uma felicidade íntegra e real.
Deus nos criou para sermos
felizes! É só nos compreendermos como seres divinos que a cada passo estamos
mais próximos de percebermos a fonte primária de nossa felicidade: O Deus que
há em nós!
Querida Adriana,concordo plenamente quando diz que a felicidade está dentro de nós. Muitas vezes não percebemos o quanto somos felizes, estamos sempre reclamando do que temos por mais simples que seja, e não notamos quantos não tem praticamente nada e ainda conseguem sorrir e ser felizes. Parabéns pelo texto.
ResponderExcluirOlá Simone! Que bom que gostou. Acredito que ainda há muitos passos para darmos para conquistarmos essa completa compreensão em nossa vida. Mas, será de pouquinho em pouquinho que a adquiriremos. Aceitemos as nossas construções que a felicidade acontecerá. Abraços.
ExcluirCaiu como uma luva no meu coração. Quero muito trabalhar para estar em sintonia com o ser divino e a felicidade que habitam em mim.
ResponderExcluirQue bom, Ayala, que você se colocou apta para este trabalho de autolapidação. Ele é árduo, mas gratificante, e no final será você que mais se beneficiará com a sua construção. Estamos juntas nesta tarefa. Abraços fraternos.
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