Seus pensamentos revelam as suas companhias espirituais - Parte II


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“Quando lá chegaram, tiveram uma ‘recepção festiva’. Todos os espíritos desagregadores que o acompanhavam diariamente estavam lá e queriam, a todo custo, levar a desarmonia ao casal. Então, se dividiram em dois grupos para que pudessem influenciar ambos.”
Perdão: a chave para a liberdade. Esp. Ezequiel. Machado, Adriana.


Gostaria de continuar refletindo junto com vocês sobre as companhias espirituais que nos cercam em virtude do que pensamos e de como vibramos.

Reafirmo que não queremos esgotar o assunto nestas humildes linhas, pois muito há para ser falado ou, simplesmente, não temos conhecimento de tudo. Mas, os remeto aos artigos que escrevemos (“Nossos pensamentos reflexos” e “Seus pensamentos relevam as suas companhias espirituais - Parte 1”) para uma complementação de ideias.

Como já foi dito anteriormente, nem todos têm a capacidade de saber se estamos acompanhados ou não e, por causa disso, fomos criados com um instrumento de alarme que são os nossos próprios pensamentos, as nossas ações diárias. Eles refletem aquilo que temos em nós, eles são os nossos espelhos.

Se ficarmos atentos a eles, teremos condições de identificar quem estamos convidando para ficarem ao nosso lado, porque alguém conosco estará sempre.

Gosto de dizer que estamos em plena “adolescência evolutiva”, com todas as características próprias dessa fase. Somos rebeldes, somos curiosos e tentamos nos desligar daquilo que antes nos “dominava”, ou seja, estamos buscando no raciocínio, ainda inexperiente, enfrentar todas as circunstâncias que chegam a nós com um “pingo” de rebeldia, com um “pingo” de irresponsabilidade, mas com muita garra e criatividade para atingirmos os nossos ideais.

Por isso, como todo Pai Amoroso, Deus nos coloca seus “anjos” para nos auxiliarem nesta fase e estes estarão sempre nos velando. Só por aí, vemos que não ficamos sós.

Estes “anjos”, mentores, guias, nos auxiliam com as suas presenças, com os seus conselhos, com a sua proteção. No entanto, pela nossa natureza rebelde, nos colocamos numa posição de resistência ante os seus sábios conselhos, por nos sentirmos tolhidos em nosso querer. Ainda não entendemos que, na verdade, “tudo podemos, mas nem tudo nos cabe fazer”.

Por causa da nossa capacidade de aprender, nos sentimos mais seguros nesta adolescência e, portanto, vamos ficando mais curiosos, mais travessos, mais independentes e conhecendo mais as sensações que temos em nosso íntimo a cada experiência vivenciada. Começamos, consequentemente, a realizar nossas proezas baseadas nessas reações: se detestamos, não desejaremos repeti-las; se delas gostarmos, as repetiremos tantas quantas forem às vezes que quisermos senti-las.

O problema é que, até agora, o que entendemos ser positivo é a sensação de prazer que temos. Este prazer é chamativo, convidativo, intenso, mais materializado e imediato aos nossos sentidos. Por isso, ficamos tão suscetíveis aos conselhos que nos fazem tender aos prazeres do mundo. E, diante de nossa busca sempre presente para sermos felizes, acabamos tendendo a querer vivenciar as experiências que nos entorpecem os sentidos e nos dão a sensação de que estamos bem.  

Diante dessa procura incessante pelo prazer, pela diversão, pelo descontrole, chamamos para o nosso lado aqueles que coadunam com os nossos pensamentos, com as nossas vontades.

Certo é que estaremos sempre vibrando, estaremos sempre em sintonia com os nossos mais puros desejos. E o que chamo de puro, aqui, são tanto aqueles desejos iluminados ou elevados, como os carnais, libidinosos, desenfreados, porque para cada meta estaremos determinados, vibrando e chamando para o nosso lado aqueles que tiverem o mesmo objetivo a ser alcançado.

“A visão daquela cena no plano espiritual era interessante: do lado de Luíza vinha um brilho resplandecente; porém, do lado de Onofre, uma escuridão o abraçava."
Perdão: a chave para a liberdade. Esp. Ezequiel. Machado, Adriana.
(Kindle Locations 1095-1096). Kindle Edition.

Flagremo-nos, portanto, como reagiremos às experiências que nos chegam. O que pensamos diante dessas experiências? Quais os objetivos que temos na vida?  Que fique certo o seguinte: ter prazer não é “pecado”. O “pecado” é não nos frearmos, quando em nome deste prazer, agirmos infringindo às leis divinas que nos regem. Neste momento, aqueles que nos acompanham e nos aconselham estarão no mesmo grau de “ignorância” que nós frente aos ideais elevados de nossa evolução.

Assim, sejam as nossas ações boas ou não e, mesmo que impulsionados por outrem, receberemos da vida os seus efeitos em razão de sermos responsáveis por elas.

Portanto, observemos quais pensamentos produzimos e nos lapidemos frente às nossas reações, porquanto, seremos nós que colheremos os frutos de nossa sublime plantação.

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